sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Love: authentic, gist

Ao nos encontrarmos apaixonados, não podemos dizer se amamos o que acabamos de conhecer, ou se a medida em que vamos conhecendo passamos a amar. Estamos sim, imersos no mistério do amor. O amor é magia.
Amar é um processo de autoconhecimento que passa pelo outro. É através do amor que chegamos a nós mesmos. E precisamos da verdade de quem somos como do ar que respiramos . Por isso, viver sem se conhecer  seria ter vivido sem amar.
Mas como podemos atingir a compreensão necessária do amor de maneira menos conflituosa possível?

Seria nos adaptarmos um ao outro?
Seria tentar mudar no outro aquilo que nos desagrada?
E seria mesmo possível transformar o outro naquilo que gosto?
Isto não seria torna-lo aquilo que sou? E se conseguíssemos não  estaríamos assim nos relacionando apenas com nós mesmos? Um tanto solitário, não?

Apesar da dificuldade, o caminho mais indicado parece estar na aceitação do modo de ser do outro, mas não como comodismo ou submissão e sim com consciência das diferenças e assim, a partir delas, crescer como indivíduo e como casal.
Como ja disse um filosofo “o que é o amor senão compreender que o outro pensa, sente e age diferente de nós e ainda alegrar-se com isso?”
O amor nos transporta para além de nós mesmos e em direção ao outro.
É a revelação de seu verdadeiro ser que permite a união. Um verdadeiro casamento existe onde predomina o amor e não o poder. Não está em nosso poder mudar o outro a meu capricho e necessidade,  mas antes permitir que a espontaneidade aja a favor da relação.

A única forma de amar autenticamente é aceitar a maneira de ser do outro, pois é nessa liberdade que a confiança se enraíza e, nela reside a confirmação do amor.

É o outro que nos possibilita a expressão do amor, devemos então sermos gratos por esse encontro e fazermos dessa ocasião um portal a serviço do puro amor.

(C. O. R)

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